Vou deixar a minha cobardia de lado e vou dar aos meus dedos uma dança directa à verdade. Vou cortar toda esta passividade que me reveste e vou deixar a carne viva mostrar o quanto me sinto magoada e desprotegida por dentro, vou deixar o sangue pulsar, criar volume nas veias e jorrar as paredes que me impedem de voar. Anseio que a minha mente se abra mas que não desabe, quero mostrar o que vale, o que consegue guardar por tanto tempo, aquilo que ama e aquilo que repugna, quero que se livre de todos os gestos e palavras desleais, quero que queime ainda mais todos os cenários infernais, quero que escoe todo o lixo que a põe doente, quero que esta deixe de ser descrente. Quero vida, quero fogo que me aqueça as mãos e paixão que me aqueça o peito... para que este não trema mais. Peço e não paro de pedir que se torne forte, que desenvolva um escudo, que não se deixe corromper, quero-o irrequieto, quente e vermelho! não este órgão albino que tantas vezes me vem à boca.
Quero descobrir para onde se mudou a minha casa, e com ela, os meus corações, os meus saberes, as minhas leis. Procuro pessoas, procuro novas estrelas, novos guias, novos livros e boas verdades, procuro um barco que há muito tempo naufragou. Procuro o meu avesso sem me poder virar.
as tuas palavras inspiram qualquer um <3
ResponderEliminaragradeço de coração todas estas palavras. sim, nunca fomos muito amigas mas sempre te achei boa pessoa e tive uma prova agora. a vida nem sempre é como esperamos, e agora nunca mais vou estar perto de quem realmente amo e tu passando dia-a-dia com ele, faz-me um favor, olha por ele, cuidem dele... obrigada*
ResponderEliminara vida às vezes vira a nossa camisola do avesso tantas vezes que ás tantas já nem sabemos qual é o lado certo, nem quem somos, nem onde ficámos perdidas afinal.
ResponderEliminar[PS: estás a escrever mesmo muito bem prima.]