Ainda estou sem sentidos, roubaram-me todas as noções e adormeceram-me nesta realidade alternativa que eu própria construí. Não pretendo pisar a minha nova vida até saber que chão me espera, prefiro ocupar-me desta ilusão para que o embate seja tardio. De facto, ainda não estou em mim, ainda não assimilei o que aconteceu há umas horas e apenas sei que me roubaram o corpo e me viraram de costas para ti, que me lavaram violentamente a alma por dentro deixando a agua cair por fora, que me anestesiaram o coração e que o mesmo permanece com uma batida irregular e latejada. Os nossos caminhos deixaram de se cruzar, passaram a ser paralelos e não estão à distancia de um passar para o outro lado da rua. O que nos separa é maior, muito maior! São milhares de km, são muitas mãos cheias de diferenças e circunstâncias e uns quantos rios e mares de emoções. Não te censuro por me tirares da tua nova historia, apenas te peço que me ponhas a par de todos os capítulos, que reconheças e nunca te esqueças do que somos, do que te dei e por aquilo que já passámos. E claro, que mantenhas a esperança, tal como eu, que muito ainda será escrito na antiga historia, naquela de que sempre fiz parte em todas as páginas... contigo. Juntas.
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Ser irmã também...
lindo! :)
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