
Hoje li o que já estava há muito tempo guardado, no canto da gaveta mais funda e menos visível possivel, só para ter a certeza que momentos traiçoeiros e malignos não me levassem a abri-la novamente. é a única página que a minha revolta não rasgou, é a única lembrança tua, que ainda guardo com todo o cuidado - a tal despedida.
Não sei o que me levou a fazê-lo, mas o facto é que li! Li com a máxima atenção, os meus olhos devoraram cada letra, e nenhuma das palavras referidas conseguiu quebrar o meu controlo emocional, a minha espécie de escudo, aquilo que me faz tão forte. E foi assim que permaneci, intacta , a todas aquelas tuas insinuações, sempre com a sua ponta de verdade, mas nada me tocou, nada mexeu comigo. As tuas reticências não me provocaram a mínima ansiedade ou pânico, e o teu ponto final, feito com o maior rigor, deixou que a felicidade se alastra-se no meu corpo, dos pés à cabeça. Finalmente percebi que esta sempre foi a ultima página do nosso longo e incansável capítulo. E advinha só? gostei imenso do final.
Muito obrigada Raquel :)
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